quarta-feira, 20 de junho de 2012

Mudar ou fechar as portas

Apesar de ser comum falar da necessidade de acompanhar e, se possível, antecipar, as mudanças que caracterizam o mercado, não são poucas as empresas que decidem proceder à mudança só quando se encontram numa burning platform, ou seja, quando estão numa situação em que as alternativas estão entre mudar ou fechar portas.


A questão pode ser complicada, e é natural que exista medo de mudar, de falhar, de trocar o certo pelo incerto. No entanto, o conceito de burning platform também nos diz que, quando o certo é a extinção, o melhor é optar pelo incerto: a expressão deriva de um incêndio ocorrido na plataforma de petróleo Piper Alpha, no Mar do Norte, que obrigou um trabalhador a escolher entre morrer pelo fogo ou arriscar saltar para a água gelada, ou seja, a escolher entre a morte certa e a possibilidade incerta de sobreviver.

Se, por um lado, podemos pensar que o ideal é não chegar a esta situação, por outro, Kotter, na obra The Heart of Change, fala-nos da necessidade de criar uma burning platform para que as pessoas se envolvam no processo de mudança, com sentimento. Isto porque, para que uma transformação seja bem sucedida, é necessário que um número crítico de pessoas tenha sentido de urgência suficiente e aja de acordo com o mesmo.

Para gerir a mudança, com sucesso, os altos cargos de uma empresa devem:

1 – Estabelecer um sentido de urgência
2 – Criar uma coligação forte que suporte a mudança
3 – Desenvolver a visão (porquê mudar, para evitar o quê / para chegar onde)
4 – Comunicar a visão a todos os colaboradores
5 – Apoiar os agentes e as ações da mudança
6 – Planear e obter ganhos de curto prazo
7 – Consolidar os ganhos e manter o momentum*
8 – Standardizar as novas práticas e comportamentos na cultura da empresa

*Momento em que estão reunidas as condições ideais (neste caso, incluindo a nível comportamental) para imprimir velocidade à ação.

Sem comentários:

Enviar um comentário