segunda-feira, 23 de abril de 2012

Férias e trabalho: as duas faces da produtividade

Não existe uma relação direta entre férias e quebra de produtividade. Este mito foi vastamente espalhado e é constantemente mencionado, com base no senso comum e em opiniões.

No entanto, os especialistas em recursos humanos dizem exatamente o contrário: as férias são um investimento que se reflete na produtividade dos colaboradores, sendo representativas de um nível de desempenho igual ou superior ao esperado pela empresa.
 
Não parar para descansar, desligar, pensar em algo que não seja o trabalho é contra-producente. As pessoas ficam cansadas, enervadas, desmotivadas, menos felizes e mais suscetíveis de cometer erros. 


Tal como no caso dos atletas, o descanso é parte do treino. Ajuda a ter ideias, a encarar as situações com mais calma, a ter uma perspetiva mais objetiva do que é, ou não, prioritário. O descanso favorece a criatividade e a motivação, torna as pessoas mais expeditas, mais empenhadas e mais produtivas.
 
Para analisar as quebras de produtividade, vez de se falar das férias, deve falar-se do que acontece (ou não acontece!) quando se está a trabalhar. Como reuniões sem conclusões, mudanças de planos, pessoas que aparentemente trabalham mas apenas marcam presença (e cuja presença pode desmotivar os restantes colaboradores, que começam a não ver vantagens em esforçar-se), burocracias exageradas, projetos com início mas sem continuidade ou fim... Pois estes sim, são fatores apontados pelos especialistas como responsáveis pelo decréscimo da produtividade nas empresas.

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