sexta-feira, 5 de agosto de 2011

9 Práticas anti-crise para aplicar na sua empresa


Momentos de crise são momentos de mudança: as empresas que não conseguem adaptar-se desaparecem, as que conseguem permanecem, surgem inovações e criam-se novos paradigmas de mercado.

Independentemente do motivo que leva uma empresa a entrar em rota descendente (tanto pode dever-se a uma conjuntura económica global como a um caso específico de determinado sector, como o impacto que a lei do tabaco teve nesta indústria, por exemplo), há medidas que se podem tomar para nos protegermos da crise, mas que não são milagrosas e devem ser praticadas, também, quando esta não existe.


1 - TENHA VISÃO DE FUTURO

Inovar, inovar, inovar. Desenvolva novos produtos, explore novos segmentos de mercado, não estagne. O “sempre foi assim” não funciona. O mercado não é estático, as empresas também não o podem ser. Fazer o mesmo de sempre, implica que o mercado seja o mesmo de sempre. E não é. Prepare-se para o aparecimento de novos concorrentes, para mais exigência dos clientes e para a procura de novos produtos ou serviços.


2 - NÃO PONHA OS OVOS TODOS NO MESMO CESTO

Se a sua empresa oferece apenas 1 tipo de produto ou serviço, tenha especial atenção. Esse sector pode entrar em crise e ver-se-á a braços com mais dificuldades do que antecipou. Solução? Cada caso é um caso, mas a resposta deverá sempre passar pela diferenciação: outros produtos ou serviços, direcionamento para novos mercados, inovação constante da sua oferta. Seja diferente e continue a sê-lo. Quando lançar a sua oferta (diferente) no mercado, comece logo a preparar a próxima. Deste modo, quando o mercado começar a cobri-la, você estará um passo à frente. Seja o próprio a tornar os seus produtos obsoletos.


3 - CONTE COM AS PESSOAS

Para o bem e para o mal. Uma empresa nunca será mais do que as pessoas que nela trabalham e, principalmente em tempos de crise, é essencial contar com recursos humanos prontos para mudar, inovar, aprender, arregaçar as mangas e trabalhar. A capacidade de adaptação é uma competência fulcral a ter em atenção no recrutamento: calimeros que só se lamentam, dinossauros que não querem evoluir, tornam-se um peso para a empresa e puxam-na para baixo. Não estamos em época de “deixar andar”. Fale com a sua equipa, motivem-se uns aos outros, discutam novas ideias, apostem em formação, troquem conhecimentos, apostem em formação e… bola para a frente!

Confie nas pessoas que tem consigo. Dê-lhes autonomia, empowerment. Contratou-as porque são boas. Deixe-as explorar as competências que têm. Pessoas que sentem que têm uma palavra a dar, que fazem diferença, empenham-se mais, dedicam-se mais, vestem a camisola e apresentam melhores resultados. Afinal, a empresa também é delas. É isto que devem sentir. A pertença gera compromisso e o compromisso, melhor desempenho.


4 - CRIE UM BANCO DE IDEIAS

Porque as ideias não são boas nem más. São ideias. E o que não se aplica num momento, pode aplicar-se noutro. Um banco de ideias incentiva a inovação e a melhoria contínua, aumenta o compromisso dos colaboradores, melhora o diálogo e leva à diferenciação, o que pode traduzir-se em vantagem competitiva e, consequentemente, em lucro. Não é à toa que empresas como a Google apostam e incentivam novas ideias.


5 - SEJA RÁPIDO

O mercado está sempre a mudar. Se nota que está a surgir uma nova tendência, aja! Não arrisque tudo, explore o mercado, dirija-se a determinado segmento e veja como é que as pessoas reagem à sua nova oferta. E, mais uma vez, não concentre todos os recursos no mesmo projeto. Essencialmente, tente ser rápido a decidir. Na maioria das empresas, o tempo que se leva para tomar uma pequena decisão e, pior, o tempo que vai da decisão à implementação (nos casos em que esta realmente é levada à prática), é feito a passo de pato. Quando vai na estrada também olha para o caminho, está atento a desvios, buracos, alterações… Conduza a sua empresa da mesma forma que conduz o seu carro: olhando para fora e antecipando as mudanças da estrada.


6 - NÃO COPIE ESTRATÉGIAS

Mais uma vez, seja diferente! As empresas que vivem da imitação têm menos hipóteses de sobreviver. Afinal, têm de esperar pelas ideias dos outros para passarem à ação. Na melhor das hipóteses, estarão em 2º lugar. Chegam atrasadas ao mercado, podem não dominar inteiramente a nova ideia, já haverá segmentos onde não vão chegar (por já estarem servidos), quando estiverem em plena força, os “imitados” poderão já estar a executar uma nova ideia… E, provavelmente, ainda ficam contentes por verem que há quem esteja em 3º ou em 4º.


7 - APOSTE NO MARKETING E NA COMUNICAÇÃO

Não adianta de nada ter um excelente produto ou serviço se ninguém souber que existe. Com mais ou menos recursos, é importante conhecer o mercado, adequar-se a ele, antecipar, divulgar e medir os resultados. Tenha um plano estratégico à sua medida e reveja-o periodicamente.


8 - INVISTA EM TECNOLOGIA

Porque é exatamente isso: um investimento. A tecnologia permite-lhe fazer mais com menos, ter uma noção atempada do que se passa na globalidade da sua empresa, poupar tempo, poupar dinheiro, chegar a mais mercados, organizar-se melhor e tomar melhores decisões… Os benefícios variam consoante a plataforma tecnológica e os fins para que é utilizada. Investigue! Conheça o que pode ter, o que lhe convém, peça demonstrações, avalie e tome decisões informadas. Não usufruir dos benefícios que a tecnologia lhe traz é deixa-se ficar para trás face às empresas que o fazem.


9 - INTERNACIONALIZE

Internacionalizar é, para muitos, a palavra-chave para sobreviver a tempos mais difíceis. Procurar mercados mais desafogados. Nem todas as empresas poderão fazê-lo. Outras, podem fazê-lo em força, outras ainda, poderão “ir internacionalizando”. Lembre-se que temos um mercado aberto, de comunicação aberta, em que é fácil conhecer o que se faz nos outros países e dar-lhes a conhecer o que fazemos nas nossas empresas. Beneficie das maravilhas da Internet, há imensas plataformas de oferta de produtos e serviços online. Estude o seu caso. Investigue a possibilidade de parcerias com empresas estrangeiras, se lhe for mais viável. A globalização chegou há muito, o mercado é o mundo. Pare de pensar local. Aproveite!

1 comentário:

  1. Boa análise da realidade actual e dos desafios com que diariamente nos deparamos. O mundo como o conhecíamos ou imaginávamos já acabou. Na era actual não há espaço para hesitações nem medos. A concorrência é feroz e desapiedada. Temos de ser, em todas as circunstâncias, competentes e profissionais e sem a tecnologia não podemos lutar no tanque dos tubarões em que o mundo está transformado.

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